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Rubens Curi

TEXTOS DOS VÍDEOS POSTADOS NO YOUTUBE EM JANEIRO/2020

DISCUSSÃO DE RELACIONAMENTO - https://youtu.be/lNFxzWEk_EI

“Atire a primeira pedra aquele que de vós não tenha” passado por uma DR.

O que motiva uma discussão de relacionamento? São os fatos concretos ou os inventados pelas imagens que cada um tem do outro a partir de seus próprios medos, anseios, frustrações, decepções, neuroses, etc?

Normalmente, quando uma DR acaba “bem”, instala-se uma espécie de trégua, durante a qual reina um estado de alerta entre as partes, para verificar se o que foi combinado está sendo cumprido. Caso não, dá-lhe mais DR, que pode virar um vício e se repetir até a exaustão do relacionamento.

O autoconhecimento é fundamental para detectarmos os movimentos egóicos a tempo de interrompermos o ardiloso movimento do ego, que inventou a DR só para ver quem vence quem, haha.


PARA O CÉREBRO NÃO HÁ TEMPO - https://youtu.be/ilQ-it90v7Q

É possível dizer que para o cérebro o tempo não existe, estando ele numa espécie de constante agora, assim como o nosso organismo e a natureza, também.

Quem contabiliza segundos, minutos, é a nossa capacidade cognitiva, que, ao vivenciar o mundo, elaborou o conceito de tempo, classificando-o em passado, presente e futuro.

Vejam, somos uma consciência que se relata a partir do tempo, mas, que vive num veículo (o corpo/a natureza) para o qual a sua noção de tempo é irrelevante.

Pensem nas ansiedades e angústias internas derivadas daí, principalmente devido a ineficácia do pensamento em sua luta para dar um sentido a essa contradição.

Não seria um alívio para a humanidade se compreendêssemos esse equívoco e passássemos a vivenciar o tempo apenas como medida para a vida prática?


TEM UM EU EM MIM - https://youtu.be/zxiLsIERMUQ

Tem um eu em mim que pergunta: Quê que eu tô fazendo aqui?

Há um outro que responde: Não sei.

Um terceiro ouve a conversa e sofre.

Há um que pensa: Até quando?

Alguns mais, animadíssimos, sussurram respostas cheias de boas intenções, sempre contrapostas por alguns outros, inflados de certezas pré-estabelecidas.

Em meio a todos há um cada vez mais meu preferido. Sem perguntas nem respostas, é atento a tudo apenas por ser atento. Sei, não sei como, que daqui ele nunca sai. Muitas vezes, de tão nele, nem o percebo. Confesso que por vezes não me faço sua companhia, pois acontece de ainda me deixar seduzir pelos outros, que, de tão viciados no estardalhaço que chamam de viver, passam a sensação de que sem eles não há vida.


DESGRACEIRA NO MUNDO - https://youtu.be/Gcq6CWhWkZY

Digamos que o “eu”, a quem temos em alta conta, seja mesmo o produto das interações físicas e psíquicas com o mundo, comandadas por reações biofísicas e bioquímicas.

Digamos também que as ações humanas, construtivas ou destrutivas, sejam mesmo produtos desse “eu”.

Falando das destrutivas, já que das construtivas todo mundo gosta, que dizer então que guerras, massacres, segregações, preconceitos, crueldades e miséria têm sido provocadas por um bando de “eus” comandados por meras e prosaicas reatividades biofísicoquímicas? Ah, isso só pode ser vício, adicção pura! Caso contrário, já teríamos resolvido essa desgraceira que provocamos no mundo há séculos.


Ansiedade e angústia certamente estão a serviço do medo, ao qual a humanidade teima em obedecer há séculos, oferecendo-lhe, além de pensamentos e energia, templos, palácios, exércitos, nações e milhões de cadáveres.

Uma lista com os medos que assolam as pessoas, assusta pela quantidade. Se incluirmos suas consequências, hum, é de sufocar.

Que insanidade a nossa, dedicar mais tempo de vida ao medo do que, por exemplo, ao amor, que é a aspiração máxima da alma humana!

E se substituíssemos a expressão “tenho medo de” por “onde há amor não há”?

Como por exemplo: onde há amor não há injustiça; onde há amor não há miséria; onde há amor não há preconceito, e por aí vai.

Não veríamos as chatas ansiedade e angústia se afastando, levando pelas mãos um medo abatido?

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